Kalón, virtude e eudaimonía em Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.61378/enun.v7i2.167Abstract
Meu objetivo principal, no presente artigo, é o de colocar em suspeição a leitura tradicional, segundo a qual haveria, para Aristóteles, uma via privilegiada para a eudaimonía, que dispensaria inteiramente a honra e as virtudes éticas: a chamada vida contemplativa. Não se trata de defender uma visão inclusiva da eudaimonía em contraste com uma visão dominante ou seletiva, pois não há incongruência ou incompatibilidade entre os livros I e X da Ética Nicomachea, se considerarmos o que é dito por Aristóteles na Política. A chave para essa leitura é o kalón. Como alvo das virtudes éticas e da própria prudência, o kalón seria a instância decisiva que viabilizaria a própria eudaimonía
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