Corporeidade e passividade da sensação segundo Tomás de Aquino
DOI :
https://doi.org/10.61378/enun.v3i2.62Mots-clés :
percepção sensível, teoria causal da percepção, fisicalismo, passividade, Tomás de AquinoRésumé
Embora seja claro que Tomás de Aquino considera que há um componente corporal envolvido na sensação, não é claro se a sensação se identifica com ou apenas é acompanhada necessariamente de uma modificação corporal. O artigo defende uma leitura fisicalista da relação entre cognição e modificação fisiológica na sensação, contra um certo tipo de leitura tradicional que se apoia na noção de recepção espiritual para atribuir algum grau de dualismo à teoria tomista da percepção sensível. A posição fisicalista é justificada a partir da passividade da sensação em relação a seus objetos próprios, o que por sua vez é justificado pelo contraste entre o modo de conhecimento dos anjos e o dos homens.
Références
AQUINO, Tomás de. Opera Omnia. Organização de Enrique Alárcon. Universidad de Navarra, 2000. Disponível em <http://www.corpusthomisticum.org/iopera.html>. Acesso em 10 mar. 2019.
BURNYEAT, M. F. “Aquinas on Spiritual Change in Perception.” In: Perler, Dominik (Ed.). Ancient ad Medieval Theories of Intentionality. Boston: Brill, 2001.
COHEN, Sheldon. “St. Thomas Aquinas on the Immaterial Reception of Sensiblie Forms.” The Philosophical Review, vol. 91, nº 2, 1982.
HALDANE, John. “Aquinas on Sense-Perception.” The Philosophical Review, vol. 92, nº2, 1983.
HOFFMAN, Paul. “St. Thomas Aquinas on the Halfway State of Sensible Being”. The Philosophical Review, vol. 99, nº1, 1990.
MARÉCHAL, Joseph. Le Point de Départ de la Metaphysique – Cahier V, Le Thomismedevant la Philosophie critique. 10ª ed. Bruxelas: L'Édition Universelle, 1949.
PASNAU, Robert. Theories of Cognition in the Later Middle Ages. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
PUTALLAZ, François-Xavier. Le sens de laréflexion chez Thomas d'Aquin. Paris: Vrin, 1991.
STUMP, Eleonore. Aquinas. New York: Routledge, 2005.
VAN RIET, Georges. “La théoriethomiste de lasensation externe” RevuePhilosophique de Louvain, troisieme serie, tome 51, nº 31, 1953.