Subjetividades negras e pensamento acadêmico ocidentalizado: Experiências de um professor afro-cubano em uma universidade brasileira
DOI:
https://doi.org/10.61378/enun.v5i2.112Palabras clave:
Subjetividades negras, pensamento acadêmico ocidentalizado, Professor afro-cubanoResumen
Os programas de estudo das ciências sociais e humanas em várias universidades da América Latina ainda estão longe de resolver uma pendência importante: dar um espaço maior às vozes dos sujeitos negros nas disciplinas dos cursos de história, sociologia, filosofia e antropologia, por citar quatro casos. Enquanto as bases epistemológicas continuarem enraizadas nos saberes eurocêntricos a empreitada para subverter essa lógica será mais difícil. Encargos didáticos como Teorias da História, Historiografia ou Metodologia Científica são exemplos chaves de um pensamento acadêmico ocidentalizado, que está sendo sustentado em e através de códigos epistêmicos emitidos pelo espaço de poder branco denominado Norte. Considera-se crucial a existência de vários lugares de enunciação das subjetividades negras no pensamento acadêmico produzido na diáspora africana da América, pois temos um direito humano ao conhecimento da nossa verdade histórica. Para ressignificar o ensino da história podemos propor como saída reler e reinterpretar as Teorias da História e a Historiografia por meio das contribuições de autores africanos e outros nascidos na diáspora.
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