O desejo livre em Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.61378/enun.v7i2.160Palavras-chave:
Aristóteles, desejo, liberdade, razãoResumo
O presente texto procura sustentar a hipótese de que o desejo virtuoso tal qual proposto por Aristóteles pode ser compreendido como o desejo mais livre dentre todos os tipos na medida em que o seu objeto é o bem desejado em vista dele mesmo. O argumento central é o de que esse modo de desejar é o mais livre porque aquele que assim deseja não está sob qualquer coação, mas apenas segue a sua razão autônoma e virtuosa. Aristóteles é claro ao estabelecer os seguintes parâmetros: é preciso desejar tão somente o próprio bem e não por uma obediência servil à regra nem em vista da consequência, o que significa não condicionar o desejo à mera conformidade com a norma ou à possível consequência agradável ou não dolorosa. Segundo o filósofo, o que caracteriza o desejo virtuoso é que ele é determinado apenas pela razão do virtuoso e, por isso mesmo, é o desejo mais livre que pode existir.
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