A verdade do dizer do fenômeno: sobre a compreensão heideggeriana da fenomenologia
DOI:
https://doi.org/10.61378/enun.v7i1.157Palavras-chave:
Linguagem, Fenômeno, Dação, Descrição, ExistênciaResumo
O intuito primordial do presente texto é acompanhar o lugar da linguagem na constituição da verdade propriamente dita dos fenômenos. Não há, com efeito, nada mais estranho para o pensamento contemporâneo do que o modo imediato com que a fenomenologia resolve o problema da interferência da linguagem na constituição do conhecimento dos entes em geral. Ao trocar o termo interpretação por descrição, a fenomenologia institui a possibilidade de uma articulação linguística direta do ser dos fenômenos em geral. Para tanto, como veremos aqui a partir de Heidegger, a linguagem precisa deixar de ser pensada como expressão de processos psíquicos e passar a ser tomada como o modo mesmo da autodação dos fenômenos. Acompanhar esse modo a partir de uma leitura do parágrafo 7 de Ser e tempo é o cerne de nossos esforços aqui.
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