A manutenção do sofrimento de Io em Prometeu Acorrentado de Ésquilo
DOI:
https://doi.org/10.61378/enun.v8i2.170Resumen
Objetiva-se, nesse artigo, a reflexão dos sofrimentos da personagem Io em Prometeu Acorrentado, de Ésquilo. Para isso, analisa-se a participação de outra figura feminina, Hera, na manutenção do sofrimento contínuo de Io, sendo essa animalizada, silenciada, fadada à exclusão do oikos e condenada à vida errante devido à sua negação às investidas amorosas de Zeus. Constata-se, dessa maneira, o entrecruzamento dos destinos de Io e de Prometeu, bem como a reiteração do poder dos deuses sobre aqueles que, ainda que padecendo de grandes lamúrias, resistem e não se curvam perante a autoridade das entidades dominantes.
Referencias
ARAÚJO, Orlando Luiz de. “Prometeu: benfeitor e náufrago da humanidade”. In: ÉSQUILO. Prometeu acorrentado. Tradução de Maria Aparecida de Oliveira Silva. São Paulo: Martin Claret, 2018.
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia grega I. Petrópolis: Vozes, 1986.
CAMPOS, Karina Rocha. Pólis vs. Oikos: a investigação do papel feminino no drama grego. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Letras)-Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2015. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/139095/000865162.pdf?sequence=1 . Acesso em: 27 out. 2022.
CARSON, Anne. Glass, irony and God. New Directions Publishing, 1992.
COSTA, Gilmário Guerreiro. “A partilha da dor e do silêncio: estratégias meta‑teatrais no Prometeu Agrilhoado de Ésquilo”. In: Humanitas, v. 66, 2014, p. 87‑107. Disponível em: https://impactum-journals.uc.pt/humanitas/article/view/_66_5 . Acesso em: 22 set. 2023.
ÉSQUILO. Prometeu acorrentado. Tradução de Maria Aparecida de Oliveira Silva. São Paulo: Martin Claret, 2018.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
FLORENZANO, Maria Beatriz Borba. “Polis, e Oikos, o público e o privado na Grécia antiga”. Coletâneas do Nosso Tempo, v. 5, n. 4-5, 2001, p. 113-118. Acesso em: 22 set. 2023.
GRAVES, Robert. Os mitos gregos. Tradução de Fernando Klabin. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018. v. 1.
GRIMAL, Pierre. Dicionário da Mitologia Grega e Romana. Tradução de Victor Jabouille. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. HOMERO. Ilíada. Tradução de Frederico Lourenço. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
JAEGER, Werner Wilhelm. Paideia: a formação do homem grego. Tradução de Artur M. Parreira. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994. LORAUX, Nicole. Maneiras trágicas de matar uma mulher. Tradução de Mário da Gama Kury. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. LOURENÇO, Frederico. “Prefácio”. In: HOMERO, Ilíada. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.
SOARES, Uesla Lima. O animal humano: Os paradigmas da zoomorfização social e sua representação literária. In: FESTIVAL LITERÁRIO DE PAULO AFONSO, 2017, Paulo Afonso. Anais […]. Paulo Afonso: UNIRIOS, 2017. p. 48-63. Disponível em: https://www.unirios.edu.br/eventos/flipa/anais/internas/conteudo/resumo.php?id=30 . Acesso em: 20 out. 2022.
VERNANT, Jean Pierre. Mito e religião na Grécia antiga. Tradução de Joana Angélica D’avila Melo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Declaro que o artigo ou resenhas ou tradução é original.Ao publicar neste periódico, concordo que:
a) meus direitos autorais serão mantidos, concedendo à revista o direito de primeira publicação.
b) posso assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) os artigos podem ser impressos desde que a fonte do periódico seja informada e o(s) autor(es) sejam devidamente creditados.