A intempestividade da filosofia em Nietzsche
Keywords:
vontade de poder, espírito de vingança, morte de Deus, intempestivo, historicidadeAbstract
O presente artigo busca sondar o caráter intempestivo da filosofia a partir de Nietzsche. Trata-se de explorar a hipótese fundamental de que a crítica nietzscheana à Época Moderna, ao cientificismo e à ideologia do progresso não representa nenhuma fuga do presente ou recusa do tempo histórico, mas antes se origina de uma abertura ainda mais radical à historicidade da existência humana. Tal abertura constitui o solo a partir do qual passa a realizar-se a filosofia como forma de pensamento essencialmente terrena, isto é, como forma de redenção do assim chamado ‘espírito de vingança’. Com isso, tivemos de tratar igualmente do conceito de vontade de poder e da experiência fundamental da ‘morte de Deus’, tais como compreendidos por Nietzsche. Consideramos que esta última experiência representa o começo da filosofia contemporânea propriamente dita, tal como o thaumázein representava, para Platão e Aristóteles, o começo da filosofia, isto é, sua origem essencial.
Downloads
Issue
Section
License
I declare that the article or reviews or translation is original.
By publishing in this journal, I agree that:
a) my copyright will be maintained, granting the magazine the right of first publication.
b) I can assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this magazine (e.g., publishing as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this magazine.
c) articles can be printed as long as the source of the journal is informed and the author (s) are duly credited.