Three problems with Kuhn’s concept of “crisis”
DOI:
https://doi.org/10.61378/enun.v4i2.82Palavras-chave:
Thomas Kuhn, Crise, Anomalia, Revolução Científica, Filosofia da CiênciaResumo
O objetivo deste artigo é explorar a noção de “crise” de Thomas Kuhn e indicar algumas de suas dificuldades. Em primeiro lugar, Kuhn define “crise” por meio da noção de “anomalia”, distinguindo esses conceitos de duas maneiras diferentes: categórica e quantitativamente. Ambas as alternativas, no entanto, se mostram problemáticas. A definição categórica se baseia em uma distinção entre “descobertas” e “invenções” que, como o próprio Kuhn admite, é bastante artificial. A definição quantitativa, por sua vez, afirma que as crises são um tipo de anomalia mais profundo. Kuhn, entretanto, não oferece nenhum critério que permita definir de maneira objetiva essa “profundidade” das crises. O segundo tipo de problema está relacionado à aplicação do conceito de “crise”. Aparentemente, Kuhn atribui crises a indivíduos tanto quanto a comunidades. Por fim, há o problema da função das crises. Em The Structure of Scientific Revolutions, elas são apresentadas como uma pré-condição para as revoluções científicas. Em artigos posteriores, no entanto, Kuhn parece vê-los apenas como um antecedente comum das revoluções.
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