Sobre o phármakon na medicina e na filosofia do período clássico grego
DOI:
https://doi.org/10.61378/enun.v3i2.51Palavras-chave:
Filosofia, Medicina Grega Antiga, Phármakon, Linguagem.Resumo
A noção de phármakon (remédio) não diz respeito somente a qualquer substância capaz de provocar a harmonia da saúde, a cura, ou mesmo a letalidade, dependendo da ocasião (kairós) de sua ação ou de sua dosagem. As palavras, faladas ou escritas, também são capazes de agir como uma droga potente sobre a psiquê, tal como propõe Górgias, no Elogio de Helena. Nesta obra, Górgias estabelece uma analogia entre a linguagem e os remédios, aproximando os campos de saber poético e médico, para analisar a potência da linguagem humana. Norteadas por passagens do Corpus Hipocrático, as reflexões desenvolvidas neste artigo resultam de um trabalho de mapeamento e de investigação das ocorrências do phármakon na medicina grega antiga, com o propósito de analisar proximidades entre essa antiga arte e a filosofia praticada na Grécia Clássica.Referências
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