Linguagem e poesia
DOI:
https://doi.org/10.61378/enun.v7i1.158Palavras-chave:
Presença, Ser-no-mundo, Linguagem, Poética, AparecerResumo
O presente artigo buscou expor uma compreensão do caráter fundamental de manifestação e concretização do real (ser) a partir da noção de essência ou experiência da linguagem no pensamento de M. Heidegger. A linguagem, caracterizando-se como lugar ontológico, isto é, dimensão de integração e articulação (aletheia) da possibilidade imediata (irrupção) do ser enquanto ser-no-mundo, mostra-se enquanto elemento (medium) de transformação e salto para a dinâmica de auto-exposição da realidade como realidade. A presença ou existência humana, à medida que se constitui como forma em cujo modo de ser a linguagem se mantém em um relacionamento (abertura) privilegiado com o real e a realidade, deverá então determinar-se enquanto horizonte ou dimensão a partir da qual o ser já se realiza desde e como linguagem, isto é, manifestação, aparecer (verdade). Linguagem, enquanto poiética do real, como produção da realidade no fazer-se de linguagem (logos), constitui-se fundamentalmente pelo caráter de um mostrar, isto é, fazer e deixar ver, evidenciar, tornando vigente o ser, como aparecer e possibilidade para, como envio da temporalidade da existência.
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