Da cosmovisão à cosmopercepção, deslocamentos políticos e a produção da corporeidade

Autores

  • Andreia Alves Monteiro de Castro Professora Adjunta de Literatura Portuguesa e de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa no Instituto de Letras da UERJ (2019).
  • Luciana Pires Alves Doutora em Educação pela UFF, professora pesquisadora na Educação Básica do Município de Duque de Caxias e no Ensino Superior na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/FEBF).

DOI:

https://doi.org/10.61378/enun.v5i2.114

Palavras-chave:

Cosmopercepção, Corporeidade, Educação, Literatura Africana

Resumo

O presente artigo pretende evidenciar como a escritora Paulina Chiziane, em O Alegre Canto da Perdiz, aborda as formas de produzir sensibilidades e corpos políticos que desafiam a brancura como experiência. Defendemos que os atos discursivos produzem corporeidade própria e realidade desejante. O leitor, diante da narrativa dos enleios que produzem a experiência como brancura, acaba por ter sua visão tensionada. Perseguindo uma via de desconstrução, seguimos Oyěwùmí e o seu conceito de cosmovisão que instaura um campo perceptivo aberto, o qual pode desenvolver diversas formas de produzir a si e ao mundo. Entendemos o sensível não como um dado, mas como uma potencialidade criadora de mundos e de sensibilidades cosmopoiéticas. Assumir essa composição é procurar revelar que o mundo não é apenas um espaço de pairagens, mas um substrato da nossa subjetividade.

 

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Publicado

2021-08-10