A arte da conquista nos diálogos platônicos – o élenkhos como cortejo amoroso
DOI:
https://doi.org/10.61378/enun.v2i1.7Palavras-chave:
Élenkhos, Eros, FilosofiaResumo
Este artigo tem por objetivo repensar a questão do élenkhos, através de uma análise do Lísis. Pretende-se, assim, caracterizar o élenkhos não só como uma arte de questionar o saber constituído da pólis e, em última instância, o saber humano em geral, mas como uma estratégia de conquista erótica e filosófica. O élenkhos, pensado dessa maneira, se torna então a tentativa de despertar, no interlocutor, a consciência de sua própria ignorância, fazendo assim com que o alvo do élenkhos passe a desejar a sabedoria, esse bem que, agora ele percebe, lhe falta. Desse modo, é impreciso classificar apenas os diálogos em que Sócrates debate com uma autoridade constituída como elênticos, antes deve-se classificar dessa mesma maneira os diálogos em que Sócrates debate com jovens interlocutores, como o Lísis, Cármides ou o Alcibíades. Assim sendo, a interpretação tradicional, que separa o élenkhos como um tema essencialmente socrático de Eros como essencialmente platônico, deve ser reavaliada. O artigo pretende, assim, repensar a importância do élenkhos no interior do pensamento platônico, não mais o associando sempre à figura do Sócrates histórico.
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