A retidão do diálogo: sobre a importância de Martin Buber na fundamentação da ética de Emmanuel Levinas como filosofia primeira
DOI:
https://doi.org/10.61378/fjyskm12Palavras-chave:
Levinas, Buber, Hayat, Diálogo, ÉticaResumo
Neste trabalho propomos discutir as aproximações, mais do que os distanciamentos, entre Levinas e Buber, na tentativa de evidenciar a importância deste pensador na construção da ética de levinasiana como filosofia primeira. Com isso, apresentamos a linha tênue dessa interlocução que abre um campo vasto para refletirmos sobre o diálogo em sua dimensão ética, como relação reta, sem qualquer mediação. Deste modo, Levinas desenvolve uma ideia de diálogo que precede e reverbera em todo o diálogo situado na ontologia, desenvolvendo-o a partir de uma forma de linguagem autônoma da língua, da ontologia ou da lógica. Linguagem como anunciação do rosto de Outrem, que nos manda ao mesmo tempo que nos apela: Não Matarás. Palavra de Deus que vem a nós. Em síntese, propomos traçar uma perspectiva que ressalte a presença do pensamento de Buber nas fundamentações basilares da ética levinasiana, na tentativa de ir além da apresentação de Pierre Hayat que marca a oposição entre relação assimétrica e relação recíproca (simétrica) que simboliza os dois pensamentos.
Referências
BUBER, Martin. Eu e Tu. Tradução, introdução e notas: Newton Aquiles Von Zuber. São Paulo: Editora Centauro, 1974.
CALIN, Rodolphe; SEBBAH, François David. Le vocabulaire de Levinas. Paris: Ellipses, 2002.
CLÉMENT, Arnaud. De la phénoménologie à l’éthique : une généalogie de l’usage de Descartes chez Levinas. Revista Methodos, Lille, nº 18, fevereiro, 2018, P. 1-17.
HAYAT, Pierre. Prefácio: Philosophie entre Totalité et Transcendence. In.: LEVINAS, Emmanuel. Altérité et transcendance. Primeira edição. Paris: Le Livre de Poche, 1995.
LEVINAS, Emmanuel. Totalité et infini: essai sur l’extériorité. Paris: Le Livre de Poche, 1990.
_______. Totalidade e Infinito. Tradução: J. P. Ribeiro e A. Morão. Lisboa: Edições 70, 2016.
_______. Autrement qu’être ou au-delà de l’essence. Sexta edição. Paris: Le Livre de Poche, 2008a.
_______. De Dieu qui vient a l’idée. Segunda edição revisada e aumentada. Paris: Librairie Philosophique J. Vrin, 1986.
_______. De Deus que vem à ideia. Tradução: Marcelo Fabri; Marcelo Luiz Pelizzoli; Evaldo Antônio Kuiava. Revisão: Pergentino Stefano Pivatto. Segunda Edição. Petrópolis: Vozes, 2008b.
_______. Altérité et transcendance. Primeira edição. Paris: Le Livre de Poche, 1995.
_______. Éthique et Infini: dialogues avec Philippe Nemo. Paris: Le Livre de Poche, 1982.
_______. Le temps et l’autre. Ed. Français et Czech. Traduction: Zdenek Hrbata. Republique Tchèque: Dauphin, 1997.
MORAN, Dermot; COHEN, Joseph. The Husserl Dictionary. New York: Continuum, 2012.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaro que o artigo ou resenhas ou tradução é original.Ao publicar neste periódico, concordo que:
a) meus direitos autorais serão mantidos, concedendo à revista o direito de primeira publicação.
b) posso assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) os artigos podem ser impressos desde que a fonte do periódico seja informada e o(s) autor(es) sejam devidamente creditados.