A retidão do diálogo: sobre a importância de Martin Buber na fundamentação da ética de Emmanuel Levinas como filosofia primeira

Autores

  • Deodato Libanio Universidade de São Paulo - USP

DOI:

https://doi.org/10.61378/fjyskm12

Palavras-chave:

Levinas, Buber, Hayat, Diálogo, Ética

Resumo

Neste trabalho propomos discutir as aproximações, mais do que os distanciamentos, entre Levinas e Buber, na tentativa de evidenciar a importância deste pensador na construção da ética de levinasiana como filosofia primeira. Com isso, apresentamos a linha tênue dessa interlocução que abre um campo vasto para refletirmos sobre o diálogo em sua dimensão ética, como relação reta, sem qualquer mediação. Deste modo, Levinas desenvolve uma ideia de diálogo que precede e reverbera em todo o diálogo situado na ontologia, desenvolvendo-o a partir de uma forma de linguagem autônoma da língua, da ontologia ou da lógica. Linguagem como anunciação do rosto de Outrem, que nos manda ao mesmo tempo que nos apela: Não Matarás. Palavra de Deus que vem a nós. Em síntese, propomos traçar uma perspectiva que ressalte a presença do pensamento de Buber nas fundamentações basilares da ética levinasiana, na tentativa de ir além da apresentação de Pierre Hayat que marca a oposição entre relação assimétrica e relação recíproca (simétrica) que simboliza os dois pensamentos.

Biografia do Autor

  • Deodato Libanio, Universidade de São Paulo - USP

    Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Graduado em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso. Membro da Diretoria Científica do Centro Brasileiro de Estudos Levinasianos (Cebel).

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Publicado

2024-06-14