Chamada de artigos para o dossiê O belo e as virtudes
É possível falar em beleza, belo (καλόν), quando se trata da ação humana? É possível falar em uma vida humana que seja bela? Há beleza ou feiura quando o que está em jogo é o caráter de um ser humano? Faz sentido visar ao belo na ação ou deveríamos ter em vista apenas o que seria útil ou conveniente para aqueles que nela estão envolvidos ou que por ela são alcançados? Há disparidade ou afinidade entre o belo e o útil? Aos gregos parecia evidente que o belo deveria aparecer como o critério supremo da ação virtuosa, da ação que seria em si mesma louvável. Para eles, também haveria feiura evidente nas ações reprováveis. Como podemos avaliar presentemente semelhante critério? Seria ele imprescindível ou condenável por sua evidente heteronomia? Poderíamos, efetivamente, ordenar a nossa vida como um todo a esse fim? Seria isso factível ou mesmo desejável? Até que ponto nossas ações, sejam elas “belas” ou “feias”, deixam-se fixar como caráter belo e virtuoso ou feio e vicioso? Seria desejável considerar como relevante semelhante “fixação”? Convidamos a comunidade filosófica a refletir sobre essa temática, dialogando com os filósofos e poetas da Antiguidade clássica.
Editores responsáveis:
Francisco Moraes
Mário Máximo
Marcelo Maciel
Data da submissão: até 30 de julho de 2022